NOVA DIRETORIA E CONSELHO FISCAL TOMAM POSSE EM BRASÍLIA

Foi rea­li­za­da, em Brasília, a cerimô­nia de pos­se da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal do Conselho Nacional de Praticagem para o biê­nio 2024–2025. 

Além do pre­si­den­te Bruno Fonseca, prá­ti­co no Ceará, foram empos­sa­dos o vice-pre­si­den­te Marcello Camarinha (RJ); os dire­to­res Felipe Perrotta (BA), Jelmires Galindo (São Francisco-SC) e Ricardo Falcão (Bacia Amazônica Oriental); e os con­se­lhei­ros Igor Sanderson (Areia Branca-RN), Julio Souza (PE) e Luiz Carlos Veloso (PA).

O even­to ocor­reu no espa­ço Villa Rizza e teve a pre­sen­ça do minis­tro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, de par­la­men­ta­res e repre­sen­tan­tes do setor marí­ti­mo e portuário.

– Ninguém pode falar em desen­vol­vi­men­to econô­mi­co do país se não falar­mos do setor por­tuá­rio bra­si­lei­ro. E, se há um seg­men­to que mere­ce o nos­so res­pei­to, com­pro­mis­so e apoio per­ma­nen­te, é o da pra­ti­ca­gem, que foi víti­ma de pre­con­cei­to em alguns momen­tos. Sabemos o papel soci­al e ins­ti­tu­ci­o­nal que cum­pre a Praticagem do Brasil – afir­mou o minis­tro de Portos em seu discurso.

O ex-pre­si­den­te Ricardo Falcão, que segue na dire­to­ria, trans­mi­tiu o car­go ao pre­si­den­te Bruno Fonseca. Foi sua quar­ta admi­nis­tra­ção à fren­te do Conselho Nacional de Praticagem. Ele fez um balan­ço dos últi­mos dois anos, des­ta­can­do a apro­va­ção da nova lei da pra­ti­ca­gem e a estru­tu­ra­ção do Instituto Praticagem do Brasil, em Brasília:

– As bata­lhas não aca­ba­ram. Agora, vem o perío­do de anco­rar as con­quis­tas e avan­çar um pou­co mais. A nova lei trou­xe cla­re­za para a soci­e­da­de e esta­bi­li­da­de regu­la­tó­ria. Mas pre­ci­sa­mos estar sem­pre vigi­lan­tes para que inte­res­ses comer­ci­ais não se sobre­po­nham à segu­ran­ça. Temos que pro­te­ger toda a popu­la­ção e a hin­ter­lân­dia que está por trás e depen­de eco­no­mi­ca­men­te de um por­to. Garantir que este­ja­mos sem­pre evo­luin­do com águas lim­pas. E temos demons­tra­do que efi­ci­ên­cia por­tuá­ria e nave­ga­ção segu­ra não são incon­ci­liá­veis. Sem com­ple­xo de vira-latas, a pra­ti­ca­gem bra­si­lei­ra é refe­rên­cia para o mun­do e o Instituto Praticagem do Brasil é mais uma pro­va disso. 

Falcão res­sal­tou aos cole­gas que “a todo momen­to, deve­mos relem­brar às pes­so­as do meio aqua­viá­rio que pra­ti­ca­gem não é só um negó­cio, sig­ni­fi­ca con­tro­le do Estado sobre a segu­ran­ça da nave­ga­ção” e que “cabe a nós, prá­ti­cos, pre­ser­var isso, ofe­re­cer o melhor ser­vi­ço, com o máxi­mo de profissionalismo”.

– Devemos con­ti­nu­ar tra­ba­lhan­do para man­ter o res­pei­to e a con­fi­an­ça do gover­no e da popu­la­ção; para que tenha­mos o apoio de todos, no dia a dia, em nos­sas deci­sões. Não pode­mos nun­ca esque­cer que cada um de nós repre­sen­ta uma pro­fis­são exis­ten­te há qua­tro mil anos no mun­do e há 215 anos regu­la­da no Brasil.

O pre­si­den­te Bruno Fonseca mirou o futu­ro, apon­tan­do os pró­xi­mos desa­fi­os, como inves­tir no Instituto:

– Continuaremos for­ta­le­cen­do o Instituto Praticagem do Brasil, pro­mo­ven­do sua inte­gra­ção com a comu­ni­da­de e inten­si­fi­can­do os trei­na­men­tos, entre eles o Curso de Atualização para Práticos, o ATPR. Lembrando que o cen­tro de simu­la­ções do Instituto é uma opção para veri­fi­car a via­bi­li­da­de de novas mano­bras e ins­ta­la­ções por­tuá­ri­as. É uma fer­ra­men­ta dis­po­ní­vel para o Brasil avançar. 

Ele tam­bém des­ta­cou a qua­li­da­de da pra­ti­ca­gem bra­si­lei­ra, refle­xo da boa regu­la­ção da Autoridade Marítima:

– A cada embar­que, o prá­ti­co arris­ca sua vida para con­du­zir o navio em segu­ran­ça e pro­te­ger a soci­e­da­de de aci­den­tes com con­sequên­ci­as ter­rí­veis para nos­sos mares e rios. Quando o assun­to é segu­ran­ça, o Brasil é refe­rên­cia. São cer­ca de 80 mil manobras/ano com índi­ce de pra­ti­ca­men­te 100% sem inter­cor­rên­ci­as. Nunca tive­mos um gran­de aci­den­te com der­ra­ma­men­to de óleo. Temos os melho­res padrões regu­la­tó­ri­os da ati­vi­da­de, des­de janei­ro com for­ça legal. São eles que refle­tem o índi­ce míni­mo de inci­den­tes em nos­sas águas. 

Sobre o Conselho

Criado em 1975, o Conselho Nacional de Praticagem é a asso­ci­a­ção que repre­sen­ta as enti­da­des de pra­ti­ca­gem e bus­ca o apri­mo­ra­men­to da pro­fis­são. É o órgão de repre­sen­ta­ção da pra­ti­ca­gem peran­te a Marinha do Brasil, ente regu­la­dor da ati­vi­da­de, que lhe dele­gou três com­pe­tên­ci­as: coor­de­nar o Curso de Atualização para Práticos (ATPR); homo­lo­gar os cen­tros de ope­ra­ções e tri­pu­la­ções das lan­chas de pra­ti­ca­gem; e rea­li­zar ins­pe­ções e lau­dos para homo­lo­ga­ção das lanchas.

Desde 1981, o Conselho é fili­a­do à Associação Internacional de Práticos Marítimos (IMPA), voz da pra­ti­ca­gem na Organização Marítima Internacional (IMO). Atualmente, ocu­pa uma de suas vice-pre­si­dên­ci­as, com o prá­ti­co Ricardo Falcão. Também inte­gra, des­de 2004, a dele­ga­ção bra­si­lei­ra que atua na IMO, em Londres, por meio do prá­ti­co Marcelo Cajaty.