IMPA

Organização

A pra­ti­ca­gem das prin­ci­pais nações marí­ti­mas orga­ni­za-se de for­ma seme­lhan­te com base nas con­ven­ções inter­na­ci­o­nais, rati­fi­ca­das por cada país.

IMPA

O CONAPRA é fili­a­do inter­na­ci­o­nal­men­te à IMPA — International Maritime Pilots’ Association, enti­da­de que con­gre­ga pra­ti­ca­gens do mun­do intei­ro e que faz par­te da Organização Marítima Internacional — IMO.

O que é a IMPA

A Associação Internacional de Práticos Marítimos, IMPA, é um órgão téc­ni­co pro­fis­si­o­nal não gover­na­men­tal, sem fins lucra­ti­vos, for­ma­do por asso­ci­a­ções naci­o­nais de pra­ti­ca­gens dos cin­co con­ti­nen­tes repre­sen­tan­do, atu­al­men­te, mais de 50 nações e mais de 8.000 Práticos.

Formada em 1970 em Kiel come­çou a fun­ci­o­nar ofi­ci­al­men­te em Amsterdan em 1971. Sua sede atu­al está loca­li­za­da em Londres. Sua fina­li­da­de é man­ter as asso­ci­a­ções de todo o mun­do jun­tas tro­can­do expe­ri­ên­ci­as e resol­ven­do pro­ble­mas comuns.

O seu segun­do obje­ti­vo prin­ci­pal é ser a voz dos Práticos na comu­ni­da­de marí­ti­ma inter­na­ci­o­nal, par­ti­cu­lar­men­te atra­vés da IMO, International Maritime Organization, que regu­la­men­ta os pro­ce­di­men­tos no mar, espe­ci­al­men­te os rela­ti­vos a segu­ran­ça. Neste par­ti­cu­lar, a IMPA, des­de novem­bro de 1973, tem uma cadei­ra na IMO como consultora.

Levando em con­si­de­ra­ção as neces­si­da­des do comér­cio de nave­ga­ção, seu desen­vol­vi­men­to e a tec­no­lo­gia moder­na e de asse­gu­rar a segu­ran­ça dos Práticos, a IMPA cri­ou um comi­tê téc­ni­co, ITC, com­pos­to por Práticos expe­ri­en­tes de todo o mun­do. Este comi­tê estu­da publi­ca­ções e assun­tos de inte­res­se, que envia para seus mem­bros e outras orga­ni­za­ções marí­ti­mas, em par­ti­cu­lar para a IMO, para obter as ações necessárias.

O que faz a IMPA

A prin­ci­pal aten­ção da IMPA é com a segu­ran­ça do prá­ti­co na sua trans­fe­rên­cia da lan­cha para o navio e vice-ver­sa. Este cui­da­do moti­va a Campanha de Segurança para Transferência do Prático, fei­ta anu­al­men­te para aqui­la­tar se os pro­ce­di­men­tos estão den­tro dos padrões esta­be­le­ci­dos pela IMPA e apro­va­dos pela IMO.

A IMPA pro­mo­ve regu­lar­men­te a Campanha de Segurança na Transferência do Prático. Esta cam­pa­nha cons­ta da fis­ca­li­za­ção, pelos Práticos, das esca­das para seu embar­que e desem­bar­que. Sua cor­re­ta colo­ca­ção e esta­do de con­ser­va­ção. Estes pon­tos devem obe­de­cer aos padrões defi­ni­dos pelo ITC, Conselho Técnico Internacional da IMPA, e apro­va­do pela IMO. Em todos os navi­os há um qua­dro com dese­nhos e regras, fei­tos pelo ITC, fixa­do na pon­te de coman­do para ori­en­tar os tri­pu­lan­tes ao armar a esca­da para uso do Prático, de for­ma cor­re­ta e segu­ra, pois esta é usa­da em qual­quer esta­do de mar, cal­mo ou revol­to, de dia ou de noite.

Esta ope­ra­ção é o momen­to mais peri­go­so para o Prático sujei­to a aci­den­tes algu­mas vezes fatais. Nestas con­di­ções o equi­pa­men­to de aces­so, as lan­chas e os de uso pes­so­al devem obe­de­cer a padrões de segu­ran­ça rigorosos.

Alguns paí­ses ado­tam a trans­fe­rên­cia por meio de heli­cóp­te­ros, que já dei­xam o prá­ti­co no con­vés do navio. No Brasil esta moda­li­da­de é rara e somen­te usa­da em situ­a­ções especiais.

Como está orga­ni­za­da e o CONAPRA a ela ligado

O seu Comitê Executivo é for­ma­do por um Presidente e seis Vice Presidentes de sete nações dife­ren­tes. Em con­gres­sos inter­na­ci­o­nais, bi-anu­ais, são elei­tos novos repre­sen­tan­tes para ocu­par uma par­te des­tas posi­ções que vão fican­do vagas. A dura­ção de cada man­da­to é de qua­tro anos com direi­to à reeleição.

O Brasil foi sede do XIII Congresso da IMPA, ocor­ri­do no Rio de Janeiro, em1996. Teve nos­so repre­sen­tan­te na Vice Presidência duran­te oito anos, des­de 1994 quan­do elei­to em Vancouver, ree­lei­to em Shanghai em 1998 até 2002, quan­do dei­xou esta posi­ção no XVI Congresso da IMPA, em Hamburgo. No ITC da IMPA, o Brasil tem, des­de 2000, no con­gres­so do Hawaii, um repre­sen­tan­te. Isto demons­tra a per­fei­ta inte­gra­ção CONAPRA/IMPA e, con­seqüen­te­men­te, à comu­ni­da­de marí­ti­ma internacional.

Duas vezes por ano os comi­tês Executivo e Técnico da IMPA se reú­nem em Londres, à bor­do do “HQS WELLINGTON” aon­de está a sede da Associação. O CONAPRA sem­pre está pre­sen­te, com seus repre­sen­tan­tes cola­bo­ran­do para as deci­sões e toma­das de posi­ção de inte­res­se dos Práticos e para a segu­ran­ça da nave­ga­ção, do meio ambi­en­te mari­nho e dos homens que tra­ba­lham no mar.

O futu­ro da organização

Através da sua par­ti­ci­pa­ção nos tra­ba­lhos da IMO, a IMPA adqui­riu gran­de expe­ri­ên­cia e conhe­ci­men­tos dos assun­tos marí­ti­mos em todo o mun­do. Muitos dos seus tra­ba­lhos e deci­sões são ofi­ci­al­men­te ado­ta­dos e/ou reco­men­da­dos pela IMO.

Embora já este­ja rea­li­zan­do a bus­ca de metas impor­tan­tes como a segu­ran­ça do Prático, a IMPA con­ti­nu­a­rá a per­se­guir um pon­to cada dia mais deli­ca­do que é a pro­te­ção ao meio ambi­en­te mari­nho. O aumen­to do tama­nho dos navi­os e a redu­ção do núme­ro de tri­pu­lan­tes e suas duvi­do­sas qua­li­fi­ca­ções e o incre­men­to de tec­no­lo­gi­as para ori­en­ta­ção da nave­ga­ção, devem e serão sem­pre acom­pa­nha­dos com mui­ta atenção.

A IMPA man­te­rá em todo o mun­do um alto padrão nos ser­vi­ços de pra­ti­ca­gem e con­ti­nu­a­rá a ofe­re­cer sua gran­de expe­ri­ên­cia à Comunidade Marítima afim de pro­ver segu­ran­ça nos por­tos e suas pro­xi­mi­da­des para evi­tar acidentes.