RUMOS PRÁTICOS 61: CONFIRA OS DESTAQUES NO EDITORIAL
Resgatar um homem no mar não é tarefa simples, principalmente se ele cair desacordado, à noite e em mar grosso. Ter uma tripulação treinada com os meios adequados para o recolhimento do náufrago é fundamental para aumentar as chances de resgate com vida. O tema é complexo. Por isso, ouvimos mais de uma dezena de pessoas sobre como lidar em caso de queda de prático na água. Trouxemos um relato detalhado do episódio emblemático que levou à morte de um colega em Portugal em 2018, além de uma amostra de como a praticagem no Brasil trata o tema. Entre 2007 e 2020, 18 práticos se acidentaram durante as operações de transferência para o navio, de acordo com o Tribunal Marítimo.
Na série sobre as zonas de praticagem brasileiras, visitamos a Zona de Praticagem do Espírito Santo (ZP-14) que, com a privatização da Companhia Docas, passa a ter todos os terminais sob administração privada, o que só aumenta a cobrança por eficiência. Aproveitamos a estada em Vitória para entrevistar Julio Castiglioni, o executivo que conduziu a companhia até o primeiro leilão do tipo no país.
Essa quebra de paradigma também é vista na transformação da indústria marítima para cumprir a ambiciosa meta de redução de emissão de carbono da Organização Marítima Internacional (IMO), inicialmente de 40% até 2030. Armadores correm para adaptar sua frota com novas tecnologias e atender aos objetivos da agência das Nações Unidas. O mesmo se verifica nos portos, que buscam iniciativas para acompanhar a evolução do mercado.
Uma das alternativas cogitadas para substituir os combustíveis fósseis é o hidrogênio verde, cuja produção pode se beneficiar da energia gerada a partir de parques eólicos offshore. No Brasil, no entanto, esses projetos ainda estão em fase muito incipiente à espera da regulamentação, apesar do enorme potencial ao longo da costa. Também trouxemos um panorama dessa situação. Confira nas páginas a seguir!
Otavio Fragoso, editor responsável