Resultados da par­ce­ria Praticagem-USP são apre­sen­ta­dos na PIANC

Os resul­ta­dos do con­vê­nio do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra) com o labo­ra­tó­rio Tanque de Provas Numérico da USP (TPN-USP) foram apre­sen­ta­dos no 34º Congresso da PIANC (Associação Mundial de Infraestrutura de Transporte Marítimo), even­to que acon­te­ceu na Cidade do Panamá, de 7 a 11 de maio de 2018.

O pro­fes­sor Eduardo Tannuri, coor­de­na­dor do Centro de Simulações do labo­ra­tó­rio, apre­sen­tou o tra­ba­lho, escri­to em coau­to­ria com o prá­ti­co Gustavo Martins, dire­tor-pre­si­den­te do Conapra. Ele des­ta­cou o mode­lo mate­má­ti­co uti­li­za­do no soft­ware dos simu­la­do­res (SMH) e os ajus­tes finos fei­tos para tor­ná-lo pre­ci­so e fiel à rea­li­da­de, gra­ças à con­tri­bui­ção do conhe­ci­men­to da Praticagem na mano­bra e no com­por­ta­men­to de navi­os nas águas onde atua.

De 2012 a 2017, foram rea­li­za­das 94 simu­la­ções de mano­bras de embar­ca­ções com a par­ti­ci­pa­ção de 140 prá­ti­cos de dife­ren­tes Zonas de Praticagem. Os estu­dos aten­de­ram a dife­ren­tes pro­pó­si­tos, como ava­li­a­ção de canais de nave­ga­ção e baci­as em pro­je­tos de novos por­tos e ter­mi­nais; novas ope­ra­ções em por­tos exis­ten­tes, como as Ship to Ship; e com­pa­ti­bi­li­da­de de navi­os de gran­des dimen­sões em canais e bacias.

Três estu­dos de caso foram deta­lha­dos duran­te a expo­si­ção no Congresso. O pri­mei­ro ana­li­sou e con­fir­mou a pos­si­bi­li­da­de do aces­so de con­têi­ne­ros mai­o­res (de até 366m) no Porto de Santos, sob deter­mi­na­das con­di­ções ambi­en­tais e limi­tes ope­ra­ci­o­nais. Para não per­de­rem par­ti­ci­pa­ção de mer­ca­do, outros por­tos bra­si­lei­ros aca­ba­ram fazen­do o mes­mo estu­do com o TPN-USP. O segun­do estu­do ava­li­ou a via­bi­li­da­de das ope­ra­ções de trans­fe­rên­cia de óleo entre navi­os (Ship to Ship) em nove por­tos e ter­mi­nais, recur­so que vem sen­do cada vez mais uti­li­za­do após o aumen­to da pro­du­ção e a lacu­na de ber­ços e ter­mi­nais dis­po­ní­veis. Já o ter­cei­ro fez simu­la­ções para ava­li­a­ção de novos pro­je­tos por­tuá­ri­os  (como por­tos, ter­mi­nais, ber­ços e expan­sões) sob dife­ren­tes aspec­tos. – Por meio des­se balan­ço da par­ce­ria, con­se­gui­mos mos­trar a impor­tân­cia do feed­back dos prá­ti­cos nas simu­la­ções e no estu­do para implan­ta­ção de novos por­tos e ope­ra­ções. Só assim é pos­sí­vel incor­po­rar nas aná­li­ses fato­res huma­nos e par­ti­cu­la­ri­da­des locais que eles conhe­cem – diz o pro­fes­sor Tannuri.

Acesso para o paper na ínte­gra em: https://www.conference-service.com/pianc-panama/documents/agenda/data/full_papers/full_paper_113.pdf