Turma da Escola de Guerra Naval visita Praticagem de SP
Recebidos pelo presidente Carlos Alberto de Souza Filho e sua equipe, 26 capitães de Mar e Guerra da Marinha, seis engenheiros funcionários civis da instituição, quatro coronéis da Força Aérea, dois coronéis do Exército e uma economista da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) visitaram a sede da Praticagem de São Paulo para entender o trabalho realizado pelos práticos.
Segundo Souza Filho, foi um fato inédito a visita dos integrantes do Curso de Política e Estratégia Marítima da Escola de Guerra Naval:
– Tivemos uma oportunidade ímpar para expor e disseminar o trabalho que realizamos para pessoas que participam de um curso de alto nível de política e estratégia, e que vão exercer funções da alta assessoria da administração naval e também de órgãos extra Marinha. Futuramente, com certeza, exercerão posições de decisão sobre assuntos importantes que possam envolver a praticagem e a atividade portuária aqui no Porto de Santos.
Entre os participantes, estava o capitão de Mar e Guerra Marcelo de Oliveira Sá, capitão dos Portos de São Paulo. Ele veio para Santos com cinco anos e, apesar de conhecer bem a realidade do porto, se entusiasmou com a visita:
– Essa palestra na praticagem foi muito importante porque o curso evoca a formação de oficiais que vão guarnecer postos importantes na Marinha. Também temos convidados externos como oficiais do Exército, da Aeronáutica e convidados civis que representam instituições governamentais. Essas pessoas são formadoras de opinião e compreender melhor atividade da praticagem é essencial para que um dia possam tomar decisões pautadas no conhecimento que tiveram aqui.
O capitão de Mar e Guerra Alexandre Mota de Souza, vice-diretor da Escola de Guerra Naval, também demonstrou entusiasmo:
– Nós, da Marinha, reconhecemos a importância da praticagem, que nos dá a segurança para poder entrar e sair dos portos. No meu caso, eu já tenho alguma experiência em trabalhar com a praticagem, fui delegado em São Sebastião e até aprovei alguns práticos na prova deles. Depois, vim aqui para Santos, como ajudante na Capitania, e também por vezes tive que aprovar alguns práticos na qualificação para passarem a atuar.
Entretanto, de acordo com o vice-diretor, 60% a 70% do grupo de capitães de Mar e Guerra que fazem o curso nunca haviam tido contato com Autoridade Portuária ou segurança do tráfego aquaviário:
– Viveram uma carreira, alguns médicos, outros engenheiros, alguns civis, alguns dentro de navio. A visita à praticagem mostra um outro lado, revela a importância que tem o Porto de Santos para o país e tudo o que faz essa engrenagem funcionar, inclusive a praticagem.
O presidente da Praticagem de SP, no fim da visita, fez um balanço positivo:
– Conversamos, tiramos dúvidas, mostramos o serviço que é realizado, a nossa proatividade, a qualidade do serviço, as dificuldades. Espero que se repita com outras turmas nos próximos anos e que possamos disseminar cada vez mais essa atividade apaixonante e importante para a economia do país, por vezes, pouco conhecida e até com informações equivocadas.