PROJETO SOCIAL DE VELA CONTA COM O APOIO DA PRATICAGEM 

O pro­je­to Imperial Marinheiro da Escola Náutica de mes­mo nome, em Brasília, ini­ci­ou sua ter­cei­ra tur­ma após o perío­do de dis­tan­ci­a­men­to soci­al. Criado em 2019, pre­ci­sou parar suas ati­vi­da­des com a che­ga­da da pan­de­mia. Contudo, a par­ce­ria da Praticagem do Brasil se man­te­ve e o coman­dan­te Allan Moreira e outros inte­gran­tes pude­ram reto­mar o tra­ba­lho em 2022. 

O pro­je­to soci­al é vol­ta­do a cri­an­ças e ado­les­cen­tes entre 7 e 15 anos que, duran­te qua­tro meses, têm aulas gra­tui­tas de vela e mari­nha­ria, nata­ção, edu­ca­ção físi­ca e noções de moral e cívi­ca. Ao final da par­ti­ci­pa­ção, espe­ra-se que os jovens tenham uma boa base para se tor­nar um bom mari­nhei­ro e um cida­dão de bem.

Inspirado no Programa Mentalidade Marítima, cujo ide­a­li­za­dor foi o fale­ci­do subo­fi­ci­al da Marinha, Manuel Fernandes Viera, os volun­tá­ri­os do pro­je­to Imperial Marinheiro, em sua mai­o­ria ex-alu­nos do sub Fernandes, resol­ve­ram home­na­geá-lo con­ti­nu­an­do um tra­ba­lho pare­ci­do com o que era desen­vol­vi­do por ele. 

As aulas são divi­di­das, nos fins de sema­na, entre uma chá­ca­ra no Jardim Ingá (GO) e o Clube Naval de Brasília. Na chá­ca­ra, os alu­nos assis­tem a pales­tras dos volun­tá­ri­os e têm aulas teó­ri­cas, de nata­ção e edu­ca­ção físi­ca. Já no Clube Naval, são desen­vol­vi­das as prá­ti­cas de con­du­ção segu­ra de vela e mari­nha­ria, além de pales­tras moti­va­ci­o­nais e ins­tru­ti­vas com volun­tá­ri­os da comu­ni­da­de náu­ti­ca bra­si­li­en­se, mili­ta­res e mem­bros da soci­e­da­de civil. No final do perío­do, os alu­nos estão mais pre­pa­ra­dos para se tor­nar um bom marinheiro. 

Muitos des­ses jovens fica­vam sem pers­pec­ti­va quan­to ao futu­ro. O pro­je­to pre­en­che essa lacu­na e amplia opor­tu­ni­da­des, além de “for­jar futu­ros cida­dãos de bem”, como diz o lema do pro­gra­ma. O coman­dan­te Allan sem­pre ten­ta apoi­ar o enca­mi­nha­men­to dos alu­nos, inse­rin­do-os no con­tex­to da vela. 

– Em Brasília, há inú­me­ras rega­tas e mui­tos vele­ja­do­res ado­tam como tri­pu­lan­tes os alu­nos oriun­dos do pro­je­to – con­ta ele, que é capi­tão de cabo­ta­gem. – O pro­je­to ofe­re­ce uma chan­ce para as cri­an­ças apren­de­rem algo novo e con­se­gui­rem apro­vei­tar o conhe­ci­men­to adqui­ri­do em um tra­ba­lho na área náu­ti­ca. Além dis­so, apre­sen­ta­mos valo­res para uma boa con­vi­vên­cia em sociedade.

Para par­ti­ci­par, é neces­sá­rio com­pro­var frequên­cia esco­lar no ato da ins­cri­ção. Os alu­nos rece­bem uni­for­me, trans­por­te para as aulas prá­ti­cas e pas­sei­os, além de lan­che após as ati­vi­da­des no Lago Paranoá. Alguns deles aca­bam se tor­nan­do moni­to­res do projeto.