Praticagem sal­va três náu­fra­gos na tra­gé­dia em Itaguaí

Uma tra­gé­dia envol­ven­do dois bar­cos na Baía de Sepetiba, na madru­ga­da des­ta sex­ta-fei­ra (8/6), não foi mai­or gra­ças à ação rápi­da da Praticagem do Rio de Janeiro, que mais uma vez cum­priu o dever de apoi­ar uma bus­ca e sal­va­men­to, sem dei­xar de zelar pela segu­ran­ça da mano­bra em cur­so no momento.

Três pes­so­as foram sal­vas por vol­ta das 3h15. O prá­ti­co Rafael Dracxler esta­va em pro­ce­di­men­to de atra­ca­ção no Porto de Itaguaí, quan­do o mes­tre do navio W‑Ace avis­tou os três homens na água. Neste momen­to, a embar­ca­ção que já esta­va em velo­ci­da­de para atra­car, em mano­bra com três rebo­ca­do­res, não pode­ria retor­nar. Rafael, então, deter­mi­nou que um dos rebo­ca­do­res e as duas lan­chas que seri­am uti­li­za­das para a amar­ra­ção do navio seguis­sem para o local com a lan­cha da Praticagem Pilot Boat 1. 

O rebo­ca­dor foi neces­sá­rio por pos­suir mais recur­sos, como holo­fo­tes e mais tri­pu­lan­tes para fazer a loca­li­za­ção visu­al dos náu­fra­gos. Os três homens foram res­ga­ta­dos com vida na ope­ra­ção, enquan­to o prá­ti­co pros­se­guiu com a atra­ca­ção, deter­mi­nou que a Praticagem comu­ni­cas­se o fato à Capitania dos Portos e, pos­te­ri­or­men­te, ao Corpo de Bombeiros. Enquanto a Marinha não assu­miu o con­tro­le do sal­va­men­to com apoio de outras embar­ca­ções, a lan­cha Pilot Boat 1 con­ti­nu­ou no local aju­dan­do com as buscas.

O inci­den­te, que ocor­reu com as embar­ca­ções pes­quei­ras “Lucas Mar” e “Guto I”, pode ter sido oca­si­o­na­do pelos for­tes ven­tos, de acor­do com a Autoridade Marítima. Segundo as últi­mas infor­ma­ções do Corpo de Bombeiros, qua­tro pes­so­as mor­re­ram, dez foram res­ga­tas e sete ain­da estão desa­pa­re­ci­das. As bus­cas continuam.

- A Praticagem demons­trou toda sua impor­tân­cia ao coor­de­nar ini­ci­al­men­te as ope­ra­ções de res­ga­te, movi­men­tan­do todos os recur­sos pos­sí­veis para a área do inci­den­te. Também deve­mos con­si­de­rar o méri­to e o pro­fis­si­o­na­lis­mo da tri­pu­la­ção do navio, que avis­tou as pes­so­as na água duran­te a noi­te, situ­a­ção bas­tan­te adver­sa — dis­se o prático.