Conapra, parceiro da Abravela, registra passagem do belíssimo veleiro, principal embarcação de treinamento de cadetes da Marinha Portuguesa

Ele já se cha­mou Guanabara quan­do per­ten­ceu ao Brasil, entre 1948 e 1961. A par­tir de então, adqui­ri­do pelos por­tu­gue­ses, rece­beu o nome de Sagres – um navio-esco­la com mui­ta História. O impo­nen­te velei­ro este­ve nova­men­te no Rio de Janeiro entre quin­ta-fei­ra, 8/6, per­ma­ne­cen­do até segun­da-fei­ra, 12/6. A pre­sen­ça foi par­te da Festa dos Santos Populares Portugueses, que ocu­pou o Armazém da Utopia, na Zona Portuária carioca.

Além da posi­ti­va par­ce­ria do Conapra com a Academia Brasileira de Vela Educativa (ABRAVELA), o pre­si­den­te do Conselho Nacional de Praticagem, Gustavo Martins, des­ta­ca a rela­ção de ami­za­de entre Brasil e Portugal para fes­te­jar a pas­sa­gem do Sagres:

“Como nações ami­gas que somos, só temos que come­mo­rar a pre­sen­ça do navio-esco­la nova­men­te no Rio de Janeiro. Mais ain­da, nós dese­ja­mos já a vol­ta do Sagres. Nossa cam­pa­nha é pela vin­da da embar­ca­ção para os 200 anos da Independência do Brasil, em 2022. Seria uma gran­de hon­ra”, diz Martins.

O pre­si­den­te do Conapra res­sal­tou tam­bém a impor­tân­cia des­se tipo de embar­ca­ção para os marinheiros:

“Treinamentos em velei­ros são ele­men­ta­res para que se conhe­ça a real for­ça da natu­re­za, como tem­pes­ta­des em mares revol­tos. É uma opor­tu­ni­da­de para apren­der sob alto desa­fio”, afir­ma ele.

Capitão-de-Mar-e-Guerra da reser­va da Marinha, o como­do­ro da Abravela, Sergio Esteves, visi­tou o navio-esco­la Sagres no Rio. Recebido pelo coman­dan­te da embar­ca­ção, o capi­tão-de-fra­ga­ta Antônio Manuel Gonçalves, Esteves refor­çou a tor­ci­da pela vol­ta do velei­ro por­tu­guês em 2022.

“A cada qua­tro anos, des­de 2010, um even­to cha­ma­do Velas Latinoamérica rece­be deze­nas de velei­ros de vári­as par­tes do mun­do, que par­tem do Rio em dire­ção a outras nações da América Latina. Torço bas­tan­te para que o Sagres par­ti­ci­pe da edi­ção 2022, quan­do cele­bra­re­mos os 200 anos de nos­sa Independência”.

O Sagres, prin­ci­pal embar­ca­ção de trei­na­men­to de cade­tes da Marinha Portuguesa, ficou atra­ca­do na Baía de Guanabara e foi visi­ta­do, tal como ocor­reu duran­te as Olimpíadas de 2016. O navio-esco­la foi cons­truí­do em 1937 pelos nazis­tas em Hamburgo e tem 89,5 metros de comprimento.