39º Encontro Nacional de Praticagem: Desafios a serem superados nos portos brasileiros face o PIANC 2014 e a ABNT/2015
O Professor Doutor Edson Mesquita dos Santos, do Centro de Instrução Almirante Aranha, abriu na manhã desta quarta-feira (16/09), o segundo dia do Encontro Nacional de Praticagem quando discorreu sobre a atualização de normas e parâmetros utilizados nas especificações de canais de acesso e projetos de terminais marítimos do Brasil. Ele iniciou sua explanação explicando o que são normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e para que servem. “Nosso projeto na ABNT para o tema é muito mais amplo do que o PIANC (normas internacionais), envolve desde canais de acesso e espaço de manobra, até fundeadouros, análise de risco e terminais flutuantes entre outros”, opinou o professor que é o relator ABNT.
O palestrante explicou que é preciso ter foco na análise de risco, garantindo que não haverá conflito das novas normas ABNT com as já existentes. Ao falar sobre variáveis como canais em relação às margens e profundidade ele defendeu que as normas brasileiras precisam ser repensadas e que é fundamental ter mais estudos técnicos, por exemplo, em determinar parâmetros em relação ao nível de assoreamento nos canais.
Ao falar de canais de aproximação e bacia de evolução e manobra disse que há um grande erro de concepção no Brasil sobre definição das medidas desses espaços. “Alguns fatores como a largura não são considerados de maneira correta”, completou. O palestrante deixou claro que as normas e medidas adotadas atualmente pela infraestrutura portuária do Brasil já não atende às demandas criadas pela modificação da capacidade e tamanho dos navios mais modernos.
Ao final da apresentação do Professor Edson Mesquita o diretor do CONAPRA, Carlos Alberto de Souza Filho, alertou os colegas práticos sobre a necessidade de estudar as normas ABNT e o que CONAPRA tem expandido este assuntos nos cursos de atualização que todos os práticos atendem. O Ex-presidente do CONAPRA Ricardo Falcão, complementou observando que “foram anos de trabalho para chegar a uma norma que poderemos usar para aumentar a segurança da navegação”.